quarta-feira, 20 de abril de 2011

Quis te dar um presente, quis que fosse diferente de tudo que já te deram. Quis que fosse algo que você quisesse, quis também que a ver comigo tivesse, pra que você lembrasse de mim.

Pareceu difícil, mas assim me pareceu bom, porque quanto mais difíceis as coisas que fazemos, maiores são ao nosso coração.

Quis também que fosse muito de verdade, porque de mentira a gente ganha muito todo dia...

Parece que apareceu a solução: de verdade, diferente, que você pareceu querer, que qualquer um quer, é desvendar a mente.

Quis te dar a minha de presente...

Padrinhos

É o silêncio que nos conecta: com a gente mesmo, com a nossa verdade e com a verdade dos outros.
Quando estamos sozinhos não precisamos convencer ninguém, precisamos convencer a nós mesmos. Eu me convenço, agora, de que eu me enganei.
Eu encontrei, quis duvidar, porque quando eu não duvidei, nos mares por onde andei, as ondas me despiram da certeza que eu comprei.
Eu me convenço, agora, de que mal a gente faz sem querer, por amor ou besteira, a gente faz sem entender. Meu mal foi abrir mão da verdade e parece que a verdade quis abrir mão de mim:
É mais fácil assim: a gente espera que disfarçando o sentimento, no final das contas, também se disfarce o fim. O problema é que assim se perde de vista, que disfarçados, início e meio, parecem menores, menores no tamanho e no anseio. Se disfarçaram a mim nas vistas, mas parece que meu coração está sabendo reconhecê-los na medida.
Enxergando, pois, assim, me parece melhor conviver com o estrago, se os meios o justificarem no fim...

Foi o silêncio no meio da conversa. Você me perguntou o que era. Eu perguntei a mim, eu me perguntei o que era. Era o que passava na minha cabeça.

O chão que eu pisava; o medo que eu deixava deixar escapar o céu...
Clareou.
E agora?
A claridade nos mostra imperfeitos, meu erro, seu erro, se mostraram pacionais.
A claridade nos melhora porque nos mostra a verdade e pensando no início e no meio nos mostramos meio iguais.
E agora? A gente vai ficar como? Eu perguntei á você.
A gente ficou como se parecesse esquecer...
Eu desejei que não permanecesse assim, que a gente estivesse bem longe do fim...
Eu entendo seu lado, todos eles afinal: o da direita e o da esquerda, o diferente e o normal.
Eu espero seu depois, é o meu depois que não consegue esperar, ficou me pedindo pra vir te contar: contei as inúmeras vezes que contei com você, muitas... e quando a gente não dormia ter seu lado bom consertava o resto do meu dia...

Denovo eu desejei que não permanecesse assim, que a gente estivesse bem longe do fim...

Por fim, continuo desejando assim, que não seja tarde, que a gente se encontre bem longe do fim...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

" Deixa chegar o sonho,
prepara uma avenida, que a gente vai passar..." (Los Hermanos)

E acho que é bem assim mesmo que a gente se sente quando conseguiu, quando percebe que realizou um sonho. Sente que está prestes a entrar na avenida, vivê-lo!
E aí tem a euforia, alegria, vontade de dançar, huumm...
Mas a gente sabe também que nossas escolhas e mesmo a realização de um sonho muito bonito têm seus lados difíceis, pra seguir em frente temos que abrir mão de muita coisa...
Eu vou morrer de saudades de pedir a benção pros meus pais sempre antes de sair e ao voltar da rua, e de ouvir da minha mãe: "Juízo!" Vou sentir falta de assistir futebol toda quarta a noite com meu pai e do jeito dele de me corrigir com os olhos... Vou querer muito minha pequenininha comigo, deitada do meu lado, perguntando sobre o universo, os planetas e contando histórias pra me ajudar a dormir na minha insônia, vou querer chegar em casa e contar sobre o meu dia pra minha irmã, a irmã-mãe e irmã-sobrinha (irmã-sobrinha-afilhada-melhoramiga)...
Vou sentir saudades das casas das minhas amigas, da cumplicidade e das conversas...
Mas eu sei também que o que é meu por aqui, vai ficar por aqui me esperando voltar, sempre. Sangue e laço forte de amizade.
"Se é verdade que o tempo não volta, deve ser verdade também que os amigos não se perdem" (Caio F. Abreu)
E apesar da falta enorme que eu vou sentir, eu sei que essa vai ser uma das melhores e mais importantes fases da minha vida.
Acho que tô pronta pra me jogar...
"Prepara uma avenida, que a gente vai passar"
Como a redação teve papel importante na minha nota do enem esse ano e, consequentemente, no meu ingresso na Unifal, nada mais justo postá-la aqui :)

A forma com que se deu a colonização e as maneiras de governar o nosso país nos remete á uma tradição histórica de corrupção e despreocupação com a ética. Infelizmente, o Brasil foi “criado” a partir de uma política voltada á exploração e ao favorecimento das elites em quase todas as etapas da nossa história.
Mas isso não deve ser tido como justificativa ou fato corroborante para que continuemos pelo mesmo caminho. A ética de uma nação é construída por seu povo e o governo é o reflexo de quem ele governa.
E a formação social de um indivíduo é configurada, principalmente, em seu ambiente escolar. Educar os jovens para que, futuramente, possamos fazer jus ao que chamamos de democracia; educar nossas novas mentes a ter uma visão diferente da corrupção, do cenário político de extrema decadência que o país se encontra e que, na verdade, estampa a ignorância de cada eleitor em desperdiçar seu voto – maneira que possui para expressar sua vontade e contribuir na formação política nacional – deixando-se manipular pela comodidade geral; fazê-los entender que o país é aquilo que nos deixamos ser, talvez seria umas das formas de reeducar nossa população, ao menos daqui em diante, para constituirmos uma cidadania de opinião crítica vigorante, espelhos para as próximas gerações a darem os primeiros pequenos, mas importantes passos rumo á mudança que nosso país precisa.

Uma revolução começa a partir de mentes que aprendem a ser brilhantes!

Ps.: Eu tinha colocado um título legal, mas não tá no rascunho e eu não lembro. =/